É bem verdade. E por isso é que, em Portugal, se vê muita gente que trabalha a vida toda por um salário miserável que mal lhe dá para comer, e ainda tem de pagar impostos, enquanto outros que não querem trabalhar, e ainda se dedicam ao crime nos tempos livres (isto é, a tempo inteiro), têm casa subsidiada pelo governo, filhos com escola subsidiada pelo governo, enfim, tudo subsidiado pelo governo. Com o dinheiro de quem? De quem trabalha!
Mas ao contrário do que começa a ser costume por parte de muitos comentadores da nossa praça, não incluo nisto os que recebem subsídio de desemprego. Esses, se têm subsídio de desemprego, é porque antes trabalharam e não foram eles que se despediram. Descontaram, como todos os outros. E é nisto que o Jumento, no seu artigo, falha. Culpa essa gente que não quer determinados empregos por estar no subsídio de desemprego, sem se questionar porque é que, sendo gente que estava habituada a trabalhar, faz os possíveis por recusar o trabalho que lhes é oferecido. Se calhar o Jumento teve a sorte de nunca ter estado a receber subsídio de desemprego e não percebe as verdadeiras razões. Mas eu, que tive de emigrar para ter uma vida digna (apesar de ter tirado uma licenciatura) já senti isso na pele. Aceitei uma vez um emprego onde fui ganhar o mesmo que ganharia continuando no fundo de desemprego. Ou seja, fui ganhar menos, porque tendo de sair de casa para ir trabalhar, gastava mais dinheiro em alimentação e transportes. Felizmente, não moro em Portugal. Porque, se morasse, não voltava a cair num erro desses. E é isto que muita gente não percebe: se a maioria não quer os empregos que o Centro de Emprego lhes oferece, não é porque não queiram trabalhar. É, simplesmente, porque trabalhando, vão ter uma vida pior do que se não o fizessem. E afinal trabalhamos para quê? Não é para ganhar dinheiro? Segundo alguns, parece que não...
Mac Adame. Tenho de concluir que tem toda a razão em tudo o que acima disse! Quando Publiquei o título do artígo publicado pelo Jumento, não significa que esteja totalmente de acordo com tudo o que lá diz. Pois tenho consciência dos problemas que acaba de deixar no seu comentário e que retratam perfeitamente as dificuldades por que passam muitos dos que recebem subsídio de desemprego. A parte final do seu comentário é uma triste realidade da nossa democracia.
2 comentários:
É bem verdade. E por isso é que, em Portugal, se vê muita gente que trabalha a vida toda por um salário miserável que mal lhe dá para comer, e ainda tem de pagar impostos, enquanto outros que não querem trabalhar, e ainda se dedicam ao crime nos tempos livres (isto é, a tempo inteiro), têm casa subsidiada pelo governo, filhos com escola subsidiada pelo governo, enfim, tudo subsidiado pelo governo. Com o dinheiro de quem? De quem trabalha!
Mas ao contrário do que começa a ser costume por parte de muitos comentadores da nossa praça, não incluo nisto os que recebem subsídio de desemprego. Esses, se têm subsídio de desemprego, é porque antes trabalharam e não foram eles que se despediram. Descontaram, como todos os outros. E é nisto que o Jumento, no seu artigo, falha. Culpa essa gente que não quer determinados empregos por estar no subsídio de desemprego, sem se questionar porque é que, sendo gente que estava habituada a trabalhar, faz os possíveis por recusar o trabalho que lhes é oferecido. Se calhar o Jumento teve a sorte de nunca ter estado a receber subsídio de desemprego e não percebe as verdadeiras razões. Mas eu, que tive de emigrar para ter uma vida digna (apesar de ter tirado uma licenciatura) já senti isso na pele. Aceitei uma vez um emprego onde fui ganhar o mesmo que ganharia continuando no fundo de desemprego. Ou seja, fui ganhar menos, porque tendo de sair de casa para ir trabalhar, gastava mais dinheiro em alimentação e transportes. Felizmente, não moro em Portugal. Porque, se morasse, não voltava a cair num erro desses. E é isto que muita gente não percebe: se a maioria não quer os empregos que o Centro de Emprego lhes oferece, não é porque não queiram trabalhar. É, simplesmente, porque trabalhando, vão ter uma vida pior do que se não o fizessem. E afinal trabalhamos para quê? Não é para ganhar dinheiro? Segundo alguns, parece que não...
Mac Adame.
Tenho de concluir que tem toda a razão em tudo o que acima disse!
Quando Publiquei o título do artígo publicado pelo Jumento, não significa que esteja totalmente de acordo com tudo o que lá diz. Pois tenho consciência dos problemas que acaba de deixar no seu comentário e que retratam perfeitamente as dificuldades por que passam muitos dos que recebem subsídio de desemprego.
A parte final do seu comentário é uma triste realidade da nossa democracia.
Enviar um comentário