Não o queira jamais o tempo dar,
Não torne mais ao mundo, e se tornar
Eclipse nesse passo o sol padeça.
A lua lhe falte o sol se lhe escureça
Mostre o mundo sinais de se acabar;
Nasçam-lhe monstros, sangue chova do ar
A mãe ao próprio filho não conheça.
As pessoas pasmadas, de ignorantes
As lágrimas no rosto, a cor perdida
Cuidem que o mundo já se destruiu.
Ó gente temerosa, não te espantes
Que este dia deitou ao mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu.
5 comentários:
Florbela Espanca...
Por acaso ainda o li há pouco...
Não vou responder para manter suspense:) Mas diz lá que não tenho olho para isto? Pelo menos um:)
Verdade que não é muito difícil...
Mas gosto desta tua ideia para post. A de ontem já me ensinou que o John Wayne, além de péssimo actor...lol...até nem cantava mal...
a figura de estilo presente no primeiro verso denunciou logo o autor. um pleonasmo.
L.V.C.
Para que não haja dúvidas: Luis de Camões...
Sou assim. Não gosto de meias palavras:)
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