domingo, 20 de setembro de 2009

Saúde

FÍGADO GORDO NÃO ALCOÓLICO


O fígado gordo ou esteatose hepática é uma patologia que resulta da acumulação de gordura no fígado. É uma situação muito frequente nos indivíduos que sofrem de alcoolismo crónico, mas tem-se verificado um aumento significativo em indivíduos não bebedores, habitualmente obesos e/ou com dislipidémia. Esta doença prevalecente nos países industrializados passou a designar-se por Fígado Gordo Não Alcoólico (FGNA).

Em Portugal, a doença atinge 15% da população adulta e tem-se registado um aumento do número de casos em crianças.

Não se sabe exactamente qual a causa do FGNA, mas sabe-se que está associado à obesidade, à resistência à insulina, diabetes e dislipidémias (colesterol e trigliceridos aumentados). Se não for travada, existe o risco de progressão para esteatohepatite não alcoólica (EHNA), na qual se verifica inflamação e morte de células hepáticas. O passo seguinte é a evolução para cirrose hepática, considerada muito grave, que pode complicar-se até ao carcinoma hepatocelular.

É fácil concluir que é uma doença de excessos. Os hábitos alimentares industrializados, à base de alimentos leves, muito refinados, que saciam muito pouco mas que são hipercalóricos têm levado ao aumento do peso das pessoas. Este aumento de peso, está mais que provado, que atrapalha o funcionamento dos órgãos e apetece-me a comparação com os patos que são alimentados com uma quantidade tal de comida, que o fígado se torna gordo, para fazerem o famoso "Foie Gras".

Não existe tratamento específico para o FGNA, no entanto sabe-se que é uma situação reversível que passa pela alteração dos hábitos alimentares e do estilo de vida. Existe também a recomendação de tratar as doenças associadas como a obesidade, a diabetes e a dislipidemia.

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